Quando engravidei do Noah, passei por muitas situações constrangedoras simplesmente por não estar casada. Na maioria das vezes, não tinha se quer a chance de explicar que estava no início de um relacionamento novo e que a gente ainda não tinha certeza de como seria o futuro. Decidi compartilhar este texto para trazer uma reflexão, principalmente para nós, mães, pois precisamos nos unir e não deixar que rótulos machistas nos definam.
A maternidade e sua vida amorosa são dois "departamentos" distintos. Não rotule sua identidade, se reduzindo a um status de relacionamento de “mãe casada” ou “mãe solteira”. Isso é apenas um detalhe, pois casada ou solteira você pode se sentir solitária, sobrecarregada e exausta ao criar seu filho.
Quantas mães se queixam por aí que seus maridos não participam, que nunca acordaram durante a noite, que alegam que “não se sentem seguros” para fazer isso ou aquilo, sempre se esquivando da sua responsabilidade como pai e sobrecarregando suas companheiras.
Por outro lado, outros pais que não são casados são extremamente parceiros das mães e se fazem presentes, também existem avós que participam ativamente da criação e, às vezes, fazem muito mais do que o próprio pai ausente.
Precisamos nos livrar desse rótulo tão antiquado. A próxima vez que perguntarem “mas vocês são casados?” ou “nossa, você é mãe solteira?”, responda: “você quer saber se o pai está cumprindo seu papel ou quer saber se estou solteira?” Note que são duas perguntas bem diferentes.
Hoje vejo que minha mãe não foi “mãe solteira”, ela me criou sozinha. Por isso ela deve ser a protagonista toda vez que eu ou qualquer outra pessoa se referir a ela.
Seja você a sua maior fortaleza e não permita que um homem defina a mãe que você é.
Escrito por Mariana Treigher
Mãe do Noah
Fundadora dos sites Parents Like Me e Criança e Saúde
Há 8 anos compartilhando informação sobre o desenvolvimento infantil
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