Semana passada estávamos rezando antes de dormir e agradecendo pelo o que aconteceu em nosso dia, como habitualmente fazemos, porém neste dia foi diferente. O Miguel, meu filho de 5 anos, fez os seus agradecimentos e ao final disse:
“Posso ensinar uma coisa muito importante que eu aprendi na escola hoje? Se você quer ser feliz, você só precisa ser quem você é.”
No dia seguinte pela manhã antes de sair, ele me perguntou se eu lembrava do que ele tinha falado antes de dormir e respondi que sim. Ele com sorriso no rosto, acrescenta:
“Que bom que é fácil ser feliz, não depende de ninguém, né?!”
Depois de levá-lo para a escola, enquanto dava sequência à minha rotina, fiquei pensando no que ele disse e me questionei: em que momento das nossas vidas, nós esquecemos ou deixamos de lado esta simplicidade de perceber que as alegrias dependem de como enxergamos a nossa realidade, sem depender de ninguém ou de alguma coisa? Quantas vezes, nós, pais, buscamos receitas ou tentamos nos encaixar em padrões por medo de julgamento e nos distanciamos de quem somos?
Acredito que o grande aprendizado é termos a coragem de sermos nós mesmos, nos aceitarmos com as nossas imperfeições, seguirmos a nossa intuição e assim nos permitirmos ser mais felizes e presentes. Felicidade é presente. Ela, no passado, torna-se lembrança e no futuro somente uma intenção. Vamos estudar e pesquisar para evoluirmos e não com intuito de atender padrões, rótulos ou fugirmos dos julgamentos. Eles nos limitam na maior parte do tempo. Vamos nos propor a escutar nossa voz interna para conduzir nossos filhos no processo chamado educação com mais leveza e verdade, mesmo diante aos mais complexos desafios do verbo educar.
Talvez sendo quem somos, nossos filhos continuarão acreditando na felicidade de forma genuína e de ela que sempre está ao nosso alcance.
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